A tradição gótica
Cena do filme A noiva cadáver
Enquanto os romances românticos imperavam na literatura brasileira da 1ª e início da 2ª metade do século XIX, alguns de nosso autores, inspirados em artistas como Lord Byron, Edgar Allan Poe e Charles Baudelaire, nadaram contra a maré e trouxeram à tona um estilo muito interessante: a literatura gótica. Certamente estamos nos referindo ao nosso querido Álvares de Azevedo e seu colega Bernardo Guimarães. Embora eles tenham produzido boas obras na área - vale destacar Macário e Noite na Taverna - o gênero não ganhou o espaço merecido na nossa literatura tão facilmente (pelo menos na época).
Entretanto, aos poucos a tradição gótica foi crescendo, acolhendo vários outros artistas como Oscar Wilde, Mallarmé, Cruz e Souza, Alphonsus Guimaraens e Augusto dos Anjos.
Alphonsus de Guimaraens
A literatura gótica também emprestou seus temas macabros à música e ao cinema.
Na música, vale destacar artistas como The Velvet Underground & Nico, David Bowie, Stooges, Bauhaus, Siouxsie and the Banshees, The Cure, Cinema Strange, London After Midnight, Scarlet’s Remains, Hatesex, Joy Disaster, Bloody Dead and Sexy, e os brasileiros The Tears Of Blood, Elegia, Plastique Noir...
Já no cinema, filmes como Drácula de Bram Stoker (Francis Ford Coppola), Frankenstein (James Whale), Entrevista com o Vampiro (Neil Jordan), Nosferatu, uma sinfonia d0 horror (F.W. Murnau), Drácula (Tod Browning), Nosferatu, o vampiro da noite (Werner Herzog) e Blade Runner (Ridley Scott) ganharam fama. As animações O Estranho Mundo de Jack (Henry Selick) e A noiva cadáver (Tim Burton) também merecem destaque.
Nosferatu, uma sinfonia do horror - F.W. Murnau
O Acrobata Indica:
Livro Histórias Extraordinárias, de Edgar Allan Poe
Postado por Ana Paula Belarmino