Resenha: Macário, de Álvares de Azevedo


Olá, pessoal! Como vocês estão? Hoje vim falar um pouco sobre o livro “Macário”, de Álvares de Azevedo. Para quem acompanha o Acrobata das Letras, já deve ter visto eu mencionar algumas vezes que o Álvares de Azevedo – Maneco, para os mais íntimos – é meu autor favorito.

Álvares de Azevedo é, muito provavelmente, o autor mais proeminente da segunda geração do Romantismo no Brasil. Todas as suas obras são permeadas por temas como a morte, suicídio e, claro, amores inatingíveis. Ele teve uma vida muito prolífica em termos de produção literária, apesar de ter falecido com apenas 21 anos de idade. Ele escreveu poemas, peças de teatro, contos e romances dos mais variados tipos. Infelizmente, o autor não teve a oportunidade de ver nenhum deles serem publicados, devido a sua morte precoce. Todas as suas obras foram publicadas postumamente.


Macário, ao lado de Lira dos Vinte Anos e Noite na Taverna, certamente é uma de suas mais importantes e conhecidas obras. O livro é uma peça de teatro que se divide em duas partes para contar a história de Macário.

Na primeira parte da obra, o jovem Macário está seguindo em direção à cidade para estudar. Ao entrar numa estalagem, logo estabelece contato com um desconhecido e os dois começam a conversar sobre os mais variados temas, como poesia e mulheres. Depois de um tempo, o desconhecido acaba revelando a Macário que é Satã. Ao contrário do que poderia se esperar, Macário afirma que na verdade estava procurando por Satã há muito tempo e os dois discutem então a possibilidade de uma viagem juntos.

Já na segunda parte do livro, Macário está na Itália, onde encontra um amigo chamado Penseroso. Macário era um rapaz soturno que frequentemente falava sobre a morte, enquanto Penseroso falava frequentemente sobre o amor. Após um desfecho trágico na história dos dois colegas, Macário reencontra Satã. A partir daí, a peça se foca numa discussão muito interessante e profunda acerca da morte.

Algo muito intrigante no desfecho da peça “Macário” é que Álvares de Azevedo criou uma ligação direta entre este livro e sua outra obra, “Noite na Taverna”. Pretendo publicar algo sobre o livro “Noite na Taverna” aqui no Acrobata das Letras ainda nos próximos dias.